terça-feira, 24 de junho de 2008

Cale a boca jornalista!

Por Michel Oliveira

Muitas são as mortes de jornalistas que ainda acontecem no mundo. Foi noticiada ontem, 23, pelo site do Estadão, a morte do equatoriano Raúl Rodríguez. Segundo a notícia o provável motivo do assassinato é vingança. A filha de Raúl, Alba Rodríguez, disse que o fato pode ser conseqüência de “ameaças”. Jornalista há 40 anos, atualmente presidia a rádio Sucre de Guayaquil, e foi morto com cinco tiros por dois homens não identificados. Em 2005 ele ja tinha escapado ileso de um outro atentado.

No dia 16 o venezuelano Jávier Garcia foi encontrado pelo irmão, no apartamento onde morava, morto a punhaladas. Garcia era âncora e repórter da RCTV (Rádio Caracas Television). Não se sabe qual o motivo do assassinato.

O ano passado foi considerado recorde na morte de jornalistas. “O número de jornalistas mortos foi surpreendentemente alto em 2007, fazendo com que o ano se tornasse o pior em mais de uma década, de acordo com a análise do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ). A CPJ identificou que 64 profissionais tiveram mortes diretamente conectadas com sua atividade profissional – comparado com 56 no ano passado – e investiga mais 22 casos para saber se estavam ou não ligadas ao trabalho que desempenhavam. O número só foi maior em 1994, quando 66 jornalistas foram mortos, muitos em conflitos na Algéria, Bósnia e Ruanda”, diz o primeiro parágrafo do artigo publicado no site Livre Acesso.

Todos esses acontecimentos nos fazem perceber que o jornalismo ainda é um meio de movimentar a opinião pública, e que é necessário para a consolidação de um Estado democrático, seja com a definição de “Quarto Poder”, “Cão-de-Guarda” ou outra qualquer. Torna-se necessário pensar sobre o papel que os jornalistas têm na sociedade, principalmente se ainda podemos aprender: com a academia ou com a prática.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por mais que se queira, calar a boca de um jornalista esta não é tarefa tão fácil.

Esses crimes reforçam e engrandecem o papel social que nó teremos futuramente. O que estará nas nossas mãos, portanto, requer muito mais do que as habilidades aprendidas na academia.