segunda-feira, 30 de junho de 2008

Anaïs Nin

Por Larissa Ferreira
"Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos"

Filha de um pianista e compositor espanhol, e de uma dançarina franco-dinamarquesa, Anaïs Nin nasceu em Neuilly, nos subúrbios de Paris, em 1903. Passou boa parte da infância em vários lugares da Europa, até que, aos 11 anos, mudou-se para Nova York com a mãe e os irmãos. A partir dessa época, começou a escrever seus (famosos) diários.

Em 1923, casou-se com Hugh Guiler – banqueiro que lhe proporcionou uma vida confortável – e voltou a viver na Europa; alternando sua vida entre os Estados Unidos e o Velho Continente.

Junto com Hugh, Anaïs abriu sua casa a vários artistas. Entre eles, D. H. Lawrence, Paul Éluard, Jean Cocteau e Henry Miller, com quem teve um (ardente) caso.

Além dos seus famosos diários, Anaïs escreveu os romances House of Incest (1936), Under a Glass Bell (1944), Ladders to Fire (1946), Uma espiã na casa do amor (1954), Pequenos pássaros (1959), Seduction of the Minotaur (1961), The Novel of the Future (1969), Delta de Vênus (1969), entre outros.

E o mais conhecido de todos: Henry e June. Publicado depois da morte da autora, o livro é um relato tirado dos diários de Anaïs. Compreende os últimos meses de 1931 até o final de 1932; época em que a autora conheceu o escritor Henry Miller, e sua esposa June – a outra “personagem” do ménage à trois.

Libertária, feminina, apaixonada. Assim era Anaïs Nin, autora que se tornou conhecida mundialmente e símbolo da literatura erótica.

Morreu em 14 de janeiro de 1977, em Los Angeles.


Sergipe realiza final do concurso de quadrilhas da Globo


Por Lillian Costa
Foto: André Moreira/ASN


No último sábado, 28, Sergipe foi palco do maior concurso de quadrilhas do Nordeste. Realizado pela Rede Globo Nordeste, e com o apoio do Governo de Sergipe, a etapa final do concurso contou com a presença de 7 quadrilhas. Entre elas, as sergipanas “Unidos em Asa Branca” e “Pioneiros da Roça”.

Para a classificação das quadrilhas, o júri levou em conta “a entrada no arraial, animação, repertório musical, evoluções e coreografia, alinhamento, vestuário, marcador e casamento”.

Das quadrilhas concorrentes, a grande campeã da noite foi a cearense “Arraiá Zé Testinha”, que fez uma homenagem ao rei do Cangaço, Lampião.

A Orla de Atalaia, local da final do concurso, contou com a presença de mais de 3 mil pessoas; que prestigiaram o evento, e fizeram do Arraiá do Povo o mais belo cenário junino do estado.

“Deu até gosto de vê!”

Intolerância ou incompreensão?

Por Lucas Silva

“Realmente é muita coragem expor tantas idéias absurdas com tanta prolixidade inútil em cima de todos os trabalhos que sua pessoa tem se achado com competência suficiente para criticar.” Vina Torto*

“(...)vou preferir ter o prazer de ser analisada pelo talento indiscutível da sua pena cruel e raramente doce...” Antônia Amorosa**

Acompanho semanalmente as publicações do caderno Cultura, do semanário Cinform. E uma coluna me chama atenção: Comqueroupa. É uma coluna de crítica musical, escrita e assinada pelo estudante de comunicação social da UFS, Igor Matheus.

Pois bem. Em cada publicação o colunista trata de analisar criticamente uma obra musical produzida por algum artista sergipano. E mais: atribui-lhe uma nota; sua nota, é claro. Por quanto não se pretende ser aceito por todos.

Até aí, nada que possa comprometer alguém, que na posição de crítico, debruce-se sobre uma obra para analisá-la. Mas acontece que o jovem crítico tem dado o que falar por suas críticas; consideradas ácidas e muitas vezes ofensivas.

Isso tem sido necessário para estabelecer um debate acerca da produção fonográfica sergipana. Muitos dos artistas que tiveram alguma obra sua criticada por Igor Matheus, e por ele teve uma nota atribuída, digamos baixa, não aceitaram de pronto e partiram para a revanche. Responderam aos artigos do crítico dirigindo-se diretamente a pessoa do escritor, levando o debate para o lado pessoal, quando deveriam, não aceitando serem criticados, debater com o jovem moço os pontos com os quais discordaram.

Consta em uma das critica que o arranjo da segunda faixa da obra de fulano de tal não foi bem composto porque o teclado que se ouve ao fundo foge do tom central da melodia, causando uma desarmonia... Como resposta, recebe criticas a sua pessoa por estar, segundo pensam seus contestadores, de alguma forma causando prejuízo à cultura sergipana, em particular à música.

O que acontece na verdade é uma incompreensão, penso eu, do papel exercido por este novo crítico que a cultura sergipana vem a conhecer. Alguns casos beiram à intolerância, quando não a explicita; isso da parte dos que respondem ao crítico.

Cabe a um crítico, seja ele de que área for, ter embasamento suficiente para analisar esteticamente uma obra. Mas, fica para um resenhista a tarefa de apresentar estas obras ao público, e sem o devido cuidado de uma análise profunda.

Essa diferença se estabeleceu nos cadernos culturais brasileiros num processo de transição ao longo dos anos, ou seja, o crítico cedeu espaço para o resenhista. Porém, acontece que em Sergipe Del Rey a classe musical não está sabendo fazer a devida diferenciação entre ambos os papéis. E acabam por denegrir a imagem de um escritor, que com talento, está a incomodar muitos artistas, que consideram critica um termo pejorativo.

Não conhecendo Igor, e portanto não estando seguro de suas pretensões como crítico musical, sou levado a concluir que a polêmica que causa com seus textos se faz mais que necessário para dar uma boa sacudida na discussão de temas da nossa cultura. Seu texto consegue fazer provocações, o que por si só, já desperta atenção e causa estímulo ao debate.

Entretanto, há também outro lado. Muitos são também os textos de apreço. Pessoas que de certo modo sentiam necessidade de tal leitura, ou que se mantinham caladas, com opiniões parecidas, porém não assumidas. Enfim, são diversas as opiniões manifestadas acerca da coluna Comqueroupa.

Igor Matheus. Polêmico e de boa pena. Um debate se formou e as opiniões estão circulando a solta.

*Coluna publicada no Cinforme Online em 21/06/2008 intitulada “Ao Dr. Crítico musical”. (Texto em resposta a coluna Comqueroupa)

** OPINIÃO PESSOAL – O Tejo ‘marromeno’ de minha Aldeia. Caderno Cultura & Variedades. Página 3. Edição 1316 do jornal Cinform de 30/06 a 06/07 de 2008. (Texto em resposta a coluna Comqueroupa)

Mais uma lei no Brasil?


Por Thamires Nunes

Desde o dia 20 de junho, o código de trânsito brasileiro ganhou uma nova lei. Agora só é permitido 0,3% de álcool no sangue ao dirigir (antes eram admitidos até 6 decigramas de álcool por litro de sangue, o que equivale a dois copos de cerveja).

Com essa lei, os motoristas não podem mais dirigir, nem nas estradas e nem nas cidades, após ter consumido quantidade alguma de álcool. Ou seja, balada agora é sem bebida.

Caso os motoristas sejam pegos em flagrante, terão que pagar uma multa de R$ 955,00; terão a carteira de habilitação apreendida e suspensa por um ano, e ainda serão presos.

Mas será que é apenas mais uma lei escrita no papel ou será posta em prática realmente?

Segundo o portal da Globo, nesses últimos dez dias, quase 300 pessoas infringiram a lei e foram multadas e presas. Isso nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Ao contrário da região sul, onde a fiscalização está grande tanto nas estradas como dentro das cidades, aqui no Nordeste a lei nem parece que entrou em vigor. Nesses últimos dias de festas juninas em Aracaju, presenciei um motorista com uma lata de cerveja na mão e conversando com um agente de trânsito. Após terminar a conversa, entrou no carro e saiu numa boa.

Acredito que essa lei não vai fazer com que as pessoas bebam menos. O que tem de haver é uma conscientização de que é arriscado e perigoso conduzir um automóvel após a ingestão de bebida alcoólica.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

"Qualquer maneira de amor vale à pena"

Por Yasmin Barreto

No último dia 25, senadores e deputados que se denominam Frente da Família, liderados pelo senador Magno Malta (PR-ES), protestaram contra o projeto de lei PLC-122/2006 que transforma a homofobia em crime.

Este protesto foi uma resposta ao pronunciamento da senadora Fátima Cleide (PT-RO), relatora do projeto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) que conclamou os senadores a votarem favoravelmente na lei. Cleide baseou-se em dados estatísticos de que a maioria dos cristãos é a favor da criminalização da homofobia.

Ela convoca o senado a participar mais de assuntos como este, tão discutido pela sociedade e ainda pouco abordado pelo Congresso Federal. “É preciso que esta casa avance, que não pretenda mais uma vez passar uma postura conservadora e distante das demandas e desejos da sociedade brasileira. Não podemos mais ficar à parte dessa discussão”, disse em seu site.

Uma página da web contra a perseguição de cristãos, o Portas Abertas, demonstra descontentamento com a idéia. Para os responsáveis pelo veículo, esse projeto ferirá a constituição no que diz respeito à liberdade de expressão. Já o Grupo Arco-Íris, defensor dos direitos de homossexuais, divulgou nota orientando organizações filiadas à ALGBTS (associação brasileira de gays lésbicas, travestis e transexuais) a se unirem em apoio à causa.

Vale à pena ressaltar que se esta lei for aprovada será apenas um pequeno passo. Os homossexuais ainda não têm direitos previstos a respeito de heranças, divisões de patrimônio, declaração conjunta de imposto de renda, adoção de crianças, entre outros.

Para que haja a igualdade completa de direitos, é importante que os responsáveis pelas aprovações de leis ou projetos tenham sempre em mente que o Brasil é um Estado laico e que qualquer pesquisa e plebiscito que possa ser realizado a respeito de qualquer assunto deve levar em conta os cidadãos e não interesses de segmentos religiosos.

E, voltando ao título, é sempre bom lembrar que, como já escreveram Caetano Veloso e Milton Nascimento, “qualquer maneira de amor vale amar/ qualquer maneira de amor vale a pena/ qualquer maneira de amor valerá!”.

Foto: Portal G1

O jornalismo marcando presença

Por Fernanda Carvalho

Mais uma vez a imprensa foi peça fundamental num passo importante para a comunidade internacional. Nesta sexta, 27, a derrubada da torre de resfriamento de uma usina nuclear norte-coreana contou com o registro das câmeras e olhos de profissionais de veículos de cinco organizações estrangeiras.

Um dos países mais fechados do mundo, a Coréia do Norte abriu suas portas para a imprensa internacional presenciar o acontecimento que a marcou.

Segundo O Globo Online "A medida é uma tentativa do governo comunista de mostrar comprometimento com um acordo sobre desarmamento nuclear, um dia após entregar à China um relatório de suas atividades nucleares e receber dos Estados Unidos a promessa de ser retirada da lista de patrocinadores do terrorismo".

O fim dessa classificação lhe trará alguns benefícios, entre eles a autorização de recebimento de investimentos estrangeiros. As sanções ao país comunista ainda serão avaliadas por potências mundiais.

A emissora sul-coreana MBC informou que a torre foi colocada no chão à tarde (horário local). Nesse contexto se reafirma o papel social e histórico do jornalismo, pelo fato de estar presente no relato de uma realidade apreensível.

Foto: Reuters

Não é prosaico: é notícia.

Por Iuri Max

Todos conhecem o estereótipo clichê das modelos: altíssimas e macérrimas. Todos também sabem, mas muito pouco discutem, que modelos negras são raras exceções nos desfiles e editoriais de moda. Eventualmente surgem algumas vozes no mundo fashion – que também são exceções – dispostas a “falar” em prol da negritude. Tão raras que, quando em doses não homeopáticas, são sempre notícia.

Foi lançada ontem a edição de julho da Vogue italiana. Chamou a atenção de grande parte da imprensa mundial. O New York Times, por exemplo, fez uma crítica bastante elogiosa à revista. Motivo: é uma edição inteiramente “black”. São mais de cem páginas dedicadas ao assunto. É repleta de fotos feitas pelo renomado fotógrafo Steven Meisel e todas são de modelos negras.

Infelizmente o mercado inibe a disseminação dessas ações. Meisel diz na matéria do Times que as grifes não costumam utilizar modelos negras porque acreditam que o consumidor irá resistir ao produto. São poucas as que vão de encontro a essa idéia. Tornam-se manchete. Afinal o insólito continua, ainda, sendo valor-notícia.

Veja também a matéria do Globo Online sobre o assunto.
Foto por Steven Meisel para Vogue Italia.

Uma censura quase perfeita



Por Victor Oliveira
O Jornal da Tarde, do Grupo Estado, recebeu ontem, 26, uma liminar concedida pelo juiz da 10ª Vara Federal Cível de São Paulo, Ricardo Geraldo Resende Silveira, na qual consta a proibição do jornal em veicular uma informação sobre o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) e suas possíveis irregularidades. Até aí já podemos identificar um fator antônimo a qualquer princípio de democracia: a censura.

Jornal da Tarde

O Cremesp alegou que a “matéria” que o jornal produziu trazia informações infundadas sobre o órgão e que havia "intuito político da reportagem, ante o processo eleitoral em que se encontra a autarquia". Entretanto o que mais chamou atenção nesse caso foi o fato do Jornal da Tarde ter ficado surpreso com a liminar (bem previsível, claro), pois a reportagem em questão não estava sequer pronta. Segundo o impresso “a reportagem estava em processo de apuração”.

Parece que antes de lutarmos contra a censura devemos reivindicar mais atenção dos profissionais de qualquer setor de trabalho. Com isso não precisaremos presenciar situações, no mínimo, vergonhosas como a que foi relatada.

Imagens: http://almadonegocio.files.wordpress.com/2007/05/censura.jpg

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A diversidade e a categorização da imprensa

Por Diógenes de Souza

Nos últimos anos ao se pensar em veículos da imprensa voltados ao público gay tinha-se a mesma resposta: G Magazine.

Inovadora por atrair para as suas páginas ensaios de nu de celebridades (algo único no mundo) e modelos famosos, a publicação de cunho erótico perdeu sua hegemonia para com essa fatia de público por outras revistas surgidas entre o ano passado e 2008.

Junior, DOM (2007) e Aimé (2008) apareceram com a proposta de desmitificar caricaturas homofóbicas e atrair, além de anunciantes que se afastavam da G Magazine pela erotização dispensada, um perfil de leitor diferente do que já era explorado.

Voltadas, principalmente, ao homem que é gay, rico, bonito, bem sucedido e discreto, nas suas páginas predominam matérias sobre comportamento, moda, saúde, fitness, cultura, gastronomia, decoração e etc. Ah, sim, há os ensaio fotográficos, mas estes restringem-se a modelos usando sungas, e pronto!

Junior pertence ao grupo Mix Brasil, um conglomerado de mídia voltado ao público GLS. Lançada em Setembro do ano passado, já é considerada a Capricho Gay por se voltar ao público teen.

”A Junior tem essa questão, está pegando um público muito jovem e um público mais velho também. O nome da revista se explica aqui dentro, Junior é o teu filho, é o filho que o gay não tem, então é um nome de todo homem, mas ele dá essa conotação de ser jovem também”, define André Fischer, proprietário do grupo, em entrevista à Revista Imprensa.

No entanto, DOM (lançada em novembro) e Aimé (abril deste ano) se voltam ao homem gay mais maduro. Esta última, por exemplo, pretende ser conhecida como a “Veja Gay”. Inspirações "abrilescas" à parte, outro fenômeno interessante trazido por essas publicações é o aproveitamento de artistas, que talvez não posariam nus, em seus editoriais. São exemplos os atores: Rodrigo Hilbert, Rômulo Arantes Neto e Cauã Reymond.

Mesmo surgindo em um momento oportuno, essas revistas pretendem apenas estimular o consumismo, esquecendo-se de que os gays ainda são uma minoria carente de vários direitos, dos mais necessários aos supérfulos. Como imprensa, deveriam também levantar debates sobre questões importantes para a classe.

O objetivo de acabar com preconceitos pode acabar gerando outros. Se antes a G Magazine traduzia o comportamento sexual dos gays, essas podem criar a imagem de homens fúteis que se importam apenas com beleza e dinheiro. Categorizar é importante. Rotular é demasiado dispensável.

Através de olhos felinos

Por Michel Oliveira
Fritz é o gato da artista alemã Ramona Markstein. Um gato como outro qualquer, não fosse a idéia excêntrica de sua dona. O bichano carrega no pescoço uma máquina fotográfica programada para disparar durante uma hora a cada quinze segundos.

As melhores fotos são selecionadas e colocadas no site de Fritz, no qual se podem acessar algumas galerias, inclusive as melhores de 2007. O único problema é que a página é em alemão.

Por mais bizarro que possa parecer, o gato fotógrafo consegue algumas imagens impressionantes, com uma ótima angulação e enquadramento. Uma idéia maluca que deu um resultado no mínimo surpreendente. As fotos estão melhores do que as de muitos aspirantes a fotógrafo. E continua o insólito sendo valor-notícia.

Dos médicos cubanos, para fumantes e afins: quatro meses de vida.

Por Iuri Max

Em 92 foram iniciadas, em Cuba, pesquisas para criação de uma vacina terapêutica para o tratamento do câncer de pulmão. Quase duas décadas depois - nesta terça, 24 - a vacina Cimavax EGF foi finalmente lançada. Tantos anos de pesquisa resultaram em um aumento de quatro a cinco meses na expectativa de vida dos pacientes, sem afetar sua qualidade de vida.

O efeito da vacina é decorrente de uma proteína modificada que ataca diretamente as células cancerígenas. Os efeitos colaterais são muito menores que os de outros tratamentos como a quimioterapia: não provocam, por exemplo, a queda de cabelo. Em breve a vacina será comercialzada na Europa, Ásia e outros países da América. Já está disponível em Cuba e é gratuita.

Não é uma cura à doença, apenas um paliativo. Sim, parece pouco. Não é. 120 dias a mais de vida têm um valor incalculável. O que você faria nesse péríodo? Quel tal viajar? Que tal mais um maço de cigarro?

Veja matéria completa sobre o assunto.
Foto por Reuters.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Apresento-lhes Eduardo Purper



Por Victor Oliveira

Eduardo Purper. Alguém já ouviu falar nesse jovem? Essa pequena matéria não tem o objetivo de contar a biografia de Eduardo (pois deveria), mas simplesmente mostrar que limitações físicas e/ou mentais não impedem que superações significativas sejam alcançadas.

Purper gosta de futebol e é estudante do curso de jornalismo no Centro Universitário Metodista IPA, em Porto Alegre (RS). Como qualquer outro graduando, ele teve de produzir um trabalho de conclusão de curso, a chamada “monografia”. O que tem de tão especial nessa história que mereça ser mostrada para vocês leitores? Até agora está parecendo a descrição de vários jovens brasileiros.

Dudu, como carinhosamente é conhecido, é portador de uma deficiência cerebral que, consequentemente, lhe proporciona a ausência da visão e a falta de movimento nas pernas. Eduardo tem de ouvir as aulas para poder aprender todo o conteúdo e devido à sua deficiência não tem como escrever. Mesmo assim, conseguiu produzir uma monografia intitulada "Análise Semiológica de Narrações de Futebol". Este trabalho foi passado para um gravador (com duração de 80 minutos) e entregue à banca de professores. Eduardo obteve 9,5.

Se o rapaz em questão levar para a sua vida profissional todo o esforço, dedicação e persistência que prova ter, então apresento a todos um futuro grande jornalista, Eduardo Purper.

Tentando tapar o sol com a peneira?

Por Fernanda Carvalho

Na mesma semana em que Bill Gates anunciou sua 'aposentadoria', a oitava edição do Greener Electronics Guide, promovido pelo Greenpeace,que analisa a qualidade dos produtos tecnológicos do ponto de vista ambiental, colocou a Microsoft entre as piores empresas de tecnologia em termos ecológicos.

Tá, e o que uma coisa tem a ver com outra(tirando o fato de Gates ser presidente e maior acionista da Microsoft)? Tem que o terceiro homem mais rico do mundo se afastará da rotina diária da empresa que fundou em 1975 com Paul Allen, com a idéia de dedicar mais tempo à Fundação Filantrópica Bill e Melinda Gates, que criou com sua mulher em 2000.

A organização tem como foco a saúde e educação dos menos favorecidos. Mas parece contraditório que alguém que tanto se preocupa com a "melhoria do mundo" não tente desempenhar tal consciência dentro de sua própria empresa.

É fundamental numa sociedade como a nossa, onde o Estado não consegue desempenhar suas funções como deveria, que existam entidades filantrópicas que venham tentar suprir ou amenizar tal deficiência. Nesse aspecto a iniciativa de Gates é elogiável. No entanto alguém que se dedica tanto a ações humanitárias, investindo bilhões de dólares em programas sociais, deveria se preocupar um pouco em solucionar ou amenizar sua própria sujeira.

Numa época em que todos pregam discursos ecologicamente corretos uma empresa como a Microsoft deveria se atentar mais para os danos que seus produtos causam ao ambiente. É Bill, usando uma frase bem clichê : "Não adianta tentar tapar o sol com a peneira". Não mesmo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Cale a boca jornalista!

Por Michel Oliveira

Muitas são as mortes de jornalistas que ainda acontecem no mundo. Foi noticiada ontem, 23, pelo site do Estadão, a morte do equatoriano Raúl Rodríguez. Segundo a notícia o provável motivo do assassinato é vingança. A filha de Raúl, Alba Rodríguez, disse que o fato pode ser conseqüência de “ameaças”. Jornalista há 40 anos, atualmente presidia a rádio Sucre de Guayaquil, e foi morto com cinco tiros por dois homens não identificados. Em 2005 ele ja tinha escapado ileso de um outro atentado.

No dia 16 o venezuelano Jávier Garcia foi encontrado pelo irmão, no apartamento onde morava, morto a punhaladas. Garcia era âncora e repórter da RCTV (Rádio Caracas Television). Não se sabe qual o motivo do assassinato.

O ano passado foi considerado recorde na morte de jornalistas. “O número de jornalistas mortos foi surpreendentemente alto em 2007, fazendo com que o ano se tornasse o pior em mais de uma década, de acordo com a análise do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ). A CPJ identificou que 64 profissionais tiveram mortes diretamente conectadas com sua atividade profissional – comparado com 56 no ano passado – e investiga mais 22 casos para saber se estavam ou não ligadas ao trabalho que desempenhavam. O número só foi maior em 1994, quando 66 jornalistas foram mortos, muitos em conflitos na Algéria, Bósnia e Ruanda”, diz o primeiro parágrafo do artigo publicado no site Livre Acesso.

Todos esses acontecimentos nos fazem perceber que o jornalismo ainda é um meio de movimentar a opinião pública, e que é necessário para a consolidação de um Estado democrático, seja com a definição de “Quarto Poder”, “Cão-de-Guarda” ou outra qualquer. Torna-se necessário pensar sobre o papel que os jornalistas têm na sociedade, principalmente se ainda podemos aprender: com a academia ou com a prática.

Em todas as manchetes: Amy Winehouse

Por Diógenes de Souza
Imagem: www.wilson.com.pt


Nunca se ouviu falar tanto em Amy Winehouse. As últimas notícias sobre a cantora dão conta de que ela se encontra internada há uma semana em um hospital londrino, após ter tido um colapso na própria casa.

Segundo o Portal G1, o pai da artista declarou que os pulmões de Amy têm apenas 70% da capacidade de funcionamento. Há ainda em início um quadro de enfisema pulmonar.

Os motivos todos já sabem: drogas. E das pesadas. O relacionamento da britânica com os tóxicos estreitou-se muito, a ponto de vários tablóides publicarem fotos de Winehouse consumindo os entorpecentes, levando-a, por vezes, a dar explicações à justiça. Em alguns desses ‘registros’ ela aparece ao lado do marido Blake Fielder-Civil, recém-condenado à prisão.

As drogas são apontadas, ainda, como o motivo da redução do número de shows. O último, realizado na terceira edição do Rock In Rio Lisboa, no início do mês, ficou marcado não só como o pior do festival, mas da carreira dela também.

Amy Winehouse estava bêbada - possivelmente drogada – e rouca; chegou a cair no palco e a esquecer as letras das músicas. Uma próxima apresentação está agendada para esta sexta, 27, em homenagem a Nelson Mandela.

Mesmo com o delicado estado de saúde, os fãs mais atônitos da cantora vêem uma luz no fim do túnel. Com o ultimato dado pelos médicos que a tratam - ‘ou larga as drogas, ou morre!’ -, todos es- peram que, enfim, Amy, que tem 24 anos, e uma vida em que talento e polêmica andam de mãos dadas, diga ‘sim’ à Rehab (como nomeou, através deste sucesso, que lhe rendeu um dos cinco Grammy já ganhos, a clínica de reabilitação para onde afirmou não querer ir) e volte a fazer o que mais sabe: cantar maravilhosamente bem. E como ela sabe...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

iPhone: o seu próximo sonho de consumo

Por Monique Sá



A Apple acaba de lançar a segunda versão do iPhone (o smartphone considerado a 'Invenção do ano', em 2007, pela revista Time e o mais inovador em tecnologia e design ). O preço gira em torno de 199 dó- lares, cerca de R$ 325. A Apple está “barateando” o aparelho com o objetivo de atingir um público de dez milhões de pessoas até o final de 2008; cerca de 70 países o comercializarão.

O iPhone, em sua primeira versão, custava 399 dólares. Os diferen- ciais da segunda são a velocidade de conexão com a internet, que utiliza a tecnologia 3G, e o GPS incluso. Além de ter uma tela sensível ao toque, o telefone ainda possui uma câmera integrada multimídia (a única coisa que não ‘evoluiu’), sistema operacional Mac OS X (o mes- mo usado nos Macintosh) e um conjunto de aplicativos.

A expectativa é que o telefone aporte no Brasil ainda este ano. Muito se questiona com relação ao preço de venda no país. Diferente do que ocorreu na ocasião do primeiro lançamento, quando apenas uma operadora de telefonia detinha a venda do iPhone, aqui a Claro e a Vivo prometem comercializá-lo.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Tecnologia sempre inovando

Por Jovaldo Júnior

O Google Earth -- ferramenta do Google que mostra um modelo tridimensional do planeta, construído a partir de fotografias de satélite obtidas de variadas fontes -- tem ajudado adolescentes a descobrir um pouco mais que apenas lugares desconhecidos do mundo. Na Inglaterra o programa ajuda a organizar festas em mansões e casas com piscinas.
Os jovens ingleses utilizam as imagens de satélite disponibilizadas pelo Google Earth para ver de um modo panorâmico, quais casas dos bairros próximos têm piscinas, e assim descobrir quais são as "melhores" para festas.
A polícia inglesa disse que os invasores juvenis se organizavam através de redes sociais, como o Facebook, para espalhar quais casas eram as escolhidas e assim divulgar o local. Um detalhe interessante é que uma das regras estipuladas para a participação do evento era que a pessoa deveria ir bem vestida e levar uma bicicleta, pois é um meio fácil de fuga caso a polícia apareça.
Aparentemente uma das últimas residências a ser invadida, foi uma mansão de 4 milhões de libras em Marbella, no mês passado. O "evento" realizado foi uma festa de aniversário de uma garota de 16 anos.
Fonte: Daily Mail

Memória Roda Viva, 21 anos de história.

Por Thiciane Araújo


O precioso acervo de entrevistas do Programa Roda Viva, da TV Cultura, está agora disponível na internet, no site http://www.rodaviva.fapesp.br , graças à uma iniciativa conjunta da Fundação Padre Anchieta, da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por meio de seu Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) e do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp).

O Roda Viva é um programa de entrevistas e debates exibido todas as segundas-feiras, a partir das 22h40, e tem a peculiaridade de mudar, a cada edição, tanto de entrevistado quanto de entrevistadores. A apresentação fica por conta de um jornalista mediador dos debates, este posto, ocasionalmente, também se renova. Estes elementos trazem uma dinâmica excelente às discussões e debates além de torná-los mais democráticos.

Para a alegria de seus telespectadores – entre os quais me incluo - o programa publicou parte da sua primorosa coletânea, acumulada em 21 anos de história, em três livros: O Melhor do Roda Viva - A Cultura, O Melhor do Roda Viva – Internacional e O Melhor do Roda Viva – Poder. Agora, no ciberespaço, são 206 entrevistas que ajudam a conhecer e refletir sobre a realidade brasileira e internacional, com convidados interessantes e preparados para falar sobre os mais diversos assuntos, tanto de um lado quanto do outro da bancada.

A página traz, além de todas as entrevistas em formato texto na íntegra, uma ferramenta de interação programa-público, a página “Fale Conosco”, onde o espectador pode sugerir novas pautas e enviar perguntas ajudando na dinâmica do programa.

Para quem não assiste, o Roda Viva foi e é painel de discussões que marcam a história brasileira. Da cadeira giratória central, o entrevistado pode ver uma espécie de tribuna, onde estão dispostos os mais diversos convidados preparados para lhe fazerem perguntas que inevitavelmente levam a debates elucidativos, coerentes e enriquecedores. O que marca o programa é a liberdade nas discussões e na escolha dos convidados. A disposição do cenário reforça esse conceito. Sabe aquele espaço onde são, realmente, discutidos os assuntos de relevância social de maneira responsável e contundente? Pois é, no Roda Viva vemos a prática da responsabilidade social do jornalismo na atualidade, e no canal aberto! Sua memória é uma pérola que o ciberespaço nos oferece.

O antigo que já foi novo permanece novo

Por Natália Vasconcellos

No último 30 de maio, o Conjunto de Música Antiga Renantique apresentou concerto no Cultart, em homenagem aos 40 anos da UFS. O evento também foi marcado pela estréia da nova soprano, Juliana Almeida.

Este é, sem duvida, um novo momento do grupo. Já constituindo diversas formações, ficam alguns, saem outros. No entanto, quem conheceu não se esquece da soprano fundadora do Renantique, a saudosa Adélia Vieira (in memorian), uma das cantoras líricas mais conhecidas do Estado. Muita gente, na época de seu falecimento (em 2002), acreditava que o Renantique não mais concertaria. Enganaram-se, bem como agora, com a terceira soprano, o conjunto renasce e se fortalece.

Juliana Almeida, que canta há 15 anos, tem a vivência de grupos como o Staccato e o Coro Sinfônico do Estado de Sergipe. Além disso, é formada em Rádio e TV pela Universidade Federal de Sergipe, inclusive, posterior docente do curso. Foi também apresentadora do programa ‘Especial Aperipê’, na TV Aperipê , canal 2. Agora, atuando de forma plena nas duas profissões dentro do grupo de música Renantique, como soprano e, ainda, no assessoramento da comunicação deste.

Em julho, o Música Antiga Renantique estará completando 12 anos de carreira ininterrupta. Seu concerto comemorativo de aniversário já está marcado, como desde o décimo aniversário e primeiro da série anual, acontecerá no Teatro Tobias Barreto em outubro, e deverá superlotar igualmente aos dos anos anteriores.

Renantique, para quem ainda não conhece e vez em quando diz que “Aracaju é o fim do mundo”, é um grupo independente e pioneiro na pesquisa, prática e divulgação da música medieval e renascentista. Com a estrutura de um broken consort renascentista, no qual são combinados vários instrumentos de famílias diferentes (cordas, sopro e percussão), utiliza cópias autênticas de instrumentos da Idade Média e Renascença e vozes soprano, alto, tenor, contratenor e barítono.

O próximo concerto será no dia 2 de julho, na Biblioteca Pública Epiphânio Dória, às 20h. Vale conferir e mudar de opinião sobre o que o “País-do-Forró” oferece além daquilo por que é denominado.

O quê: Concerto para abertura da exposição do artista plástico Éverton
Quando: 2 de julho de 2008, às 20h
Onde: Pinacoteca J. Inácio/ Biblioteca Pública Epiphânio Dória
Entrada Franca.

Fontes:
www.renantique.com.br;
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5787783

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Popstars: Coldplay lança novo cd e já lidera listas de vendas e reprodução

Por Erick Souza

DSC_0158 imagem: coldplay.com

Liderados pelo vocalista Chris Martin, os britânicos do Coldplay lançaram oficialmente seu quarto cd, Viva La Vida Or Death And All His Friends, na última quinta-feira, 12. Nesta quarta, 18, em apenas 24 horas, 316 mil cópias foram vendidas nos Estados Unidos. A banda também lidera os toplists das rádios inglesas e norte-americanas.

Formado em 1998, o grupo que, inicialmente trilhou os caminhos do Alternative Rock inglês, já havia entrado pra as toplists de vendas com os discos A Rush of Blood to the Head (2002) e X&Y (2005), dos quais foram vendidas, respectivamente, 12 e 10 milhões de cópias em dezenas de países. Maior investimento do ano da gravadora inglesa EMI, uma das quatro maiores empresas do mercado fonográfico mundial, Viva La Vida Or Death And All His Friends é o ingresso definitivo da banda para o universo da música pop.


Segundo o quarteto formado por Guy Berryman, Will Champion, Chris Martin e John Buckland, o trabalho do novo álbum foi influenciado por "visões, sons e sabores da América Latina e Espanha". O disco, que é encabeçado pela faixa-título, Viva La Vida (vídeo), conta também com o primeiro single gratuito para download no site da banda, Violet Hill, e já é o maior sucesso da história do iTunes, com mais de 2 milhões de downloads apenas na primeira semana.

A expectativa da EMI é de que todas as metas sejam superadas de acordo com o sucesso do último álbum da banda, X&Y. A turnê mundial de Viva La Vida Or Death And All His Friends já tem apresentações marcadas até dezembro nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão.

Uma apresentação no Brasil, ainda não confirmada, é esperada para o primeiro semestre de 2009.

Visite o perfil do MySpace provisório com músicas da banda: http://www.myspace.com/coldplay

Fontes:

-http://www.coldplay.com
-http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL597349-7085,00.html
-http://musica.uol.com.br/ultnot/efe/2008/06/11/ult1819u1329.jhtm
-http://musica.terra.com.br/interna/0,,OI2959779-EI1267,00-Coldplay+vende+mil+copias+do+novo+disco+em+h+nos+EUA.html


Pantanal de apelação



Que o SBT (Sistema Brasileiro de Comunicações) nunca foi modelo de originalidade todo mundo já sabia, mas dessa vez ele jogou muito baixo.

Primeiro divulgou uma pseudopesquisa para descobrir qual a novela que mais fazia falta aos telespectadores e por incrível que pareça, nos resultados, dentre as declaradas nas pesquisas sempre era mencionada a novela “Pantanal”.

Que coincidência, a emissora de TV já tinha comprado as edições da telenovela que fora originalmente reproduzida em 1990 pela extinta rede Manchete e foi, na época, uma das poucas atrações que chegou a atingir mais pontos de audiência que a Globo. Essa não é a primeira vez que a emissora subestimou a intelecto dos telespectadores, teve o caso da simulação no Domingo Legal, veja mais detalhes em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u116266.shtml

Segundo, a emissora de Sílvio Santos divulgou de maneira apelativa aos extremos, uma “arma-secreta” que integraria sua grade na programação e que seria capaz de atrair todas as atenções para o canal.

Como se não bastasse depois que a “arma-secreta” foi revelada, o SBT passou a difundir uma vinheta, que podemos considerar na menor das hipóteses desesperadora, durante todos os seus programas rotineiros - Chaves, As visões da Raven, Eu, a patroa e as crianças entre outros - que exibiam a seguinte mensagem: "Hoje depois da novela da Globo, A Favorita, mude de canal e assista Pantanal”.

Tantos bons profissionais estão desempregados por falta de espaço e ainda assim Silvio Santos prefere reexibir uma obra a investir numa nova produção. Isso sem contar na ofensa à inteligência do telespectador, simular uma pesquisa para reexibir uma novela.Mais respeito com o público SBT!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Camuflagem da CPMF

Por Talita Sant´Anna



A alegria devido ao fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) durou pouco. Mal deu tempo de nos contentarmos com o fato de termos menos um imposto a pagar e já está em votação, na câmara dos deputados, um novo tributo, a CCS (Contribuição Social para Saúde), projeto de lei elaborado pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS) a ser incluído na Emenda 29 da Constituição.

Essa contribuição obriga os cidadãos brasileiros a “doarem” parte do seu dinheiro, numa alíquota de 0,1%, sobre movimentações de contas bancárias, que será destinado apenas aos custos de saúde no país. No entanto, esse novo imposto não atingirá as classes mais baixas da população. Está isento de pagar quem recebe salário inferior a aproximadamente R$3 mil reais, e também aposentados e pensionistas.

Apelidada por algumas pessoas de “Contribuição contra Seu Salário”, a CCS, se aprovada, não será provisória e terá início a partir de janeiro de 2009. Resta agora aos parlamentares votarem contra ou a favor na criação dessa nova taxa para os brasileiros.

Para entender a Emenda 29: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac70767,0.htm
Ou se quiser conhecer a história da CPMF: http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowEspeciais%21destaque.action?destaque.idEspeciais=368

FONTES: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u411361.shtml
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac179813,0.htm

terça-feira, 17 de junho de 2008

Adeptos do Amor Livre!


Por Thiciane Araújo

AMOR LIVRE: é a liberdade de as pessoas poderem fazer sexo e/ou se relacionar com quem quiserem, independentemente de terem um parceiro fixo. Sem um compromisso como o casamento ou com uma só pessoa. Compromissos e obrigações são vistos como tipos de opressão e escravização que limitam o homem de viver sua liberdade amorosa e sexual.

Entre as heranças que os hippies dos anos 60 e 70 nos deixaram, a prática do amor livre é uma das mais usuais. Depois de a onda da revolução ‘Paz e Amor’ baixar, seus herdeiros continuaram disseminando essa prática. A diferença é que agora, isso não choca mais ninguém. É o popular "eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".

Para quem é adepto, um dos atrativos é não saber o que acontecerá com a relação. Os parceiros não sabem se amanhã surgirá uma outra pessoa e o interesse pelo outro a cada dia torna-se uma nova descoberta. As surpresas são constantes. Em sua teoria, essa forma de relacionamento não pressupõe um compromisso apenas sexual sem a preocupação com os sentimentos do(s) parceiro(s). Trata-se de amor livre e não sexo livre, mas isso na teoria.

Um exemplo que deu certo foi o do conhecido casal John Lennon e Yoko Ono, eles mantiveram um relacionamento fixo durante anos, chegaram a separar-se durante um período, até ‘perceberem’ que poderiam relacionar-se com outras pessoas e ainda assim estarem juntos. Porém, a prática do amor livre tem sido confundida e deturpada por alguns dos próprios praticantes. O estudante de turismo F. F., 23, afirma ser adepto do amor livre, entretanto, conta que já manteve casos extra-conjugais (sem o conhecimento da parceira) simplesmente pela atração física, sem cultivar sentimentos. Diz, porém, que hoje está “num momento monogâmico”, completa. Em casos como este, o amor livre acaba por justificar a superficialidade das relações.

Não sou contra à idéia da relação sem compromisso, mas não a chamaria de amor. O amor se constrói a cada dia, conhecendo e convivendo com os pontos negativos e positivos do parceiro e isso o relacionamento aberto não abarca. Acredito numa cumplicidade sem ressentimentos onde as partes, sejam duas ou mais pessoas, estejam devidamente esclarecidas e de acordo com a condição de desobrigação e isso exige grande maturidade. Essa é apenas uma gota em meio a todo um oceano de contextos e visões diferentes para a abordagem deste assunto. Vale a pena discuti-lo.


FONTES:
http://www.ainfos.ca/03/oct/ainfos00091.html
http://osabordaspalavras.blogs.sapo.pt/arquivo/133829.html

Moda: quem vai ganhar essa guerra?

Por Victor Bruno

O que é moda para você? Para uns, apenas
jeito de se vestir, para outros, consumo em série de um estilo de vida. Mas todos concordam em um ponto: moda é a tendência de consumo atual.

Vemos diariamente pessoas que andam agrupadas e isoladas de outras culturas. São roqueiros, funkeiros, punks, pagodeiros, patricinhas, forrozeiros e mais uma infinidade de outras denominações que são agregadas à sociedade com uma freqüência cada vez maior. Mas não é a diversificação que chama mais atenção e sim o universo criado por cada um. Com as mesmas falas, vestes e gestos cada grupo constrói uma muralha difícil de ser ultrapassada por idéias divergentes. Foi isso que o mercado comercial começou a perceber e que deu abertura para a criação de negócios especializados. Hoje você pode ir a uma loja que vende somente artigos para quem gosta de Rock ou, se preferir, comprar incensos em uma loja de esotéricos para ambientalizar sua casa e sintonizar a alma e a mente. As opções de consumo estão cada vez maiores e isso não pára por aí.

Além de lojas, existem também eventos para divulgar ainda mais os estilos atuais como é o caso da São Paulo Fashion Week (com sua 25ª abertura realizada ontem) ou do Abril Pro Rock. Entretanto, o fato é que as diferenças - cada vez mais gritantes -, ao invés se enriquecer os comportamentos individuais das pessoas, criam um abismo entre elas e fazem com que os defensores de um grupo específico defendam a superioridade em relação aos outros. Alguns chegam até a provocar agressões físicas e danos materiais como aconteceu em dezembro do ano passado, onde houve uma briga entre Punks e Skinheads no estado de São Paulo.



Um outro universo interessante é o grupo dos Cults que preferem o vinil ao mp3 e gastam pequenas fortunas para adquirir antiguidades no intuito de demonstrar a bagagem cultural que possuem. Como por exemplo:

Pagar 5.600 reais por uma antiga balança de moedas...


...ou gastar gastar 7.500 reais na primeira edição dos três volumes do livro "Apontamentos para a História Natural dos Pássaros". (Que nem está traduzido para o Português, mas como Espanhol é mais Cult, o preço se torna uma pexinxa)


Os Cults fazem ferrenhos embates contra grupos, segundo eles, fúteis como “Funkeiros” e “Patricinhas” que, para se defender, usam como bandeira a famosa filosofia do “Carpe Diem”.

O mundo está dividido. E essa divisão vem fragmentando em alta velocidade a originalidade para dar espaço aos modismos modernos. O que para uns é dinâmico e atual, para outros pode ser a perda de valores importantes na construção de uma sociedade decente. Quem está certo? Só o futuro poderá dizer. A única coisa que ainda nos resta é analisar com cuidado as facções existentes, escolher a que achamos melhor e torcer para que a nossa escolha um dia ganhe essas batalhas de tendências e estilos.

Desabafo de Luciano do Valle é sucesso na web

Por Erick Souza

Experiência, fama e polêmica: Com 46 anos de carreira no jornalismo esportivo brasileiro, o locutor, apresentador e também empresário Luciano do Valle, atualmente na TV Bandeirantes, desqualificou vários de seus colegas de emissora em um programa transmitido ao vivo, pela sucursal da Band em Pernambuco na última quarta-feira, 11. O vídeo foi publicado no site YouTube e visualizado cerca de 300.000 vezes em menos de 1 semana.

A polêmica surgiu às vésperas da segunda partida da final da Copa do Brasil entre Sport Recife e Corinthians, a ser realizada no estádio da Ilha do Retiro, na capital pernambucana. Neste contexto, houve várias acusações de a grande imprensa brasileira, fixada no eixo Rio-São Paulo abordar, narrar e comentar tendenciosamente a favor da equipe paulista.

Do Valle, que reside em Recife e apresenta um programa diário na retransmissora local, fez então, horas antes da partida, um desabafo contra os colegas Oscar Roberto de Godói, Neto, Milton Neves e Flávio Prado, que segundo ele, não teriam diploma e seriam despreparados para atuar ao seu lado.

Veja o vídeo na íntegra:

"Eu tô indignado. Eu vou transmitir o jogo hoje porque eu sou obrigado. Eu, por mim, não pisava na Ilha hoje, mas nem por decreto... porque é um jogo só. São 90 minutos de bola. Quem ganhar ganhou, quem não ganhou bate palmas e continua a vida. Vamos parar com isso... onde é que nós estamos? A imprensa de São Paulo tá o que: abrindo guerra contra a imprensa do Brasil? Imprensa não, vírgula, os que se acham da imprensa. Porque na minha concepção de jornalista não tá o Neto, não tá o Godói, e comentam na Bandeirantes. Pra comentar ao meu lado tem que ter diploma, e eles não têm! Então não adianta ir na onda deles. Eles querem bagunça, querem audiência! Cadê o diploma do Milton Neves, cadê!? Cadê o diploma do Flávio Prado, quero ver... é radialista, jornalista não! E aí por diante... mas deixa pra lá. [...]"

A declaração foi vista por muitos como uma demonstração de coragem, indignação e coerência. Por outros, apenas como uma jogada de marketing, já que à noite, do Valle transmitiu a partida normalmente acompanhado por Godói e Neto, e em clima bastante amistoso.

O Sport venceu a partida por 2x0 e tornou-se o primeiro clube pernambucano campeão da Copa do Brasil.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

TERRA, ainda PLANETA ÁGUA!

Por Rodolfo Menezes

Nosso planeta bem que poderia ser chamado de Água, ao invés de Terra. Isso porque cerca de 2/3 da superfície do planeta é formado por água. Estima-se em cerca de 1,35 milhões de quilômetros cúbicos o volume total de água na Terra.



O problema deste recurso no nosso planeta encontra-se na obtenção de suas fontes: 97,5% da água disponível na Terra é salgada e está em oceanos e mares, 2,493% é doce mas encontra-se em geleiras (1,979% deste total) ou regiões subterrâneas (aqüíferos, 0,514%) de difícil acesso e só 0,007% da água potável pode ser encontrada em rios, lagos e na atmosfera.

Um fator decisivo para a necessidade da conscientização é a negligência na distribuição e a má administração dos recursos hídricos. Alguns países já sofrem em dimensões alarmantes, como o Kuait e os Emirados Árabes, a falta de água potável, capaz de suprir necessidades básicas à vida humana. Cerca de 5 milhões de pessoas morrem todo ano por problemas oriundos da falta de água.

Os ambientalistas alertam para um provável esgotamento desse recurso natural, imprescindível para sobrevivência no nosso planeta. A natureza alerta acerca do problema através de fenômenos naturais, como secas e enchentes, que a poluição e o mau uso da água estão alterando drasticamente o nosso cotidiano.

Algumas empresas já trabalham com sistema de reaproveitamento baseado no desenvolvimento sustentável. Elas criam um sistema de “reciclagem” da água, o que reduz os gastos e não afeta tanto ao meio ambiente. Já existem até empresas especializadas em tecnologias para o “reuso” dos recursos hídricos (http://www.okte.com.br/Tecnologias/Reuso_agua.htm). Idéias de responsabilidade social e ambiental atraem das empresas cada vez mais investimentos que visam menor dependência dos recursos naturais.

Todos podem ajudar a manter esse ingrediente essencial para vida na Terra, não só os governos através de políticas públicas de conscientização e orientação, mas também cada um através das mudanças de hábitos costumeiros, que são os primeiros passos para contribuir. Pode parecer meio óbvio ou banal desligar a torneira, enquanto se escova os dentes ou se faz a barba, e o chuveiro enquanto se ensaboa, mas essas medidas ajudam, e muito, a economizar no orçamento doméstico e, o mais importante, garantem a existência da água por mais tempo no nosso planeta.

FONTES:
http://www.uniagua.org.br/website/default.asp?tp=3&pag=default.asp
http://www.un.org/depts/dhl/spanish/water/index.html
http://www.cnrh-srh.gov.br/

Evite cair no "Conto do Email"

Por Jovaldo Júnior

Diariamente surgem na internet milhares tipos de emails falsos, com as maiores espécies de picaretagens possíveis para enganar o navegante: são utilizados nome de bancos, sites de segurança, sites de notícias, serviços na internet, lojas on-line, desenvolvedores de antivírus, enfim, do que for possível de se imaginar em termo de serviços, a fim de iludir o usuário não informado. O objetivo dessas mensagens é geralmente o de capturar informações do internauta, como senha de bancos, senha do MSN e até do orkut.

Sério, pelo menos uma vez por dia recebo um email assim:

(clique para ampliar)

Aparentemente é um email da Caixa Econômica Federal. Aparentemente. E como eu sei que não é um email verdadeiro? Vejamos:

1 - Eu não sou cliente da Caixa. Essa já é uma ótima razão para não acreditar no email.

2 - O link que o remetente pede para ser clicado, direciona para um endereço por si só já suspeito.

3 - O email diz que precisa-se de um recadastramento dos usuários e que para isso a pessoa basta clicar no link proposto. "[...] basta clicar no link abaixo e em seguida clicar em salvar e logo após executar, aguarde alguns segundos e siga as instruções de instalação". E por último diz que se a pessoa não fizer a suposta atualização "seu computador será bloqueado e o desbloqueio só poderá ser realizado nas agências da CAIXA."

Nenhum Banco mandaria uma mensagem dessas, ainda mais dizendo que se você não se cadastrar, o seu computador automaticamente sofrerá um bloqueio. Um email que direciona pra um arquivo executável -- .exe -- nunca é coisa boa.

Sendo assim: não clique em links com o final .exe ou .zip; se houver algum pedido de download, esqueça; se você tiver dúvidas do conteúdo do email, ligue para a empresa que supostamente lhe enviou o email, através do telefone que consta no site oficial da companhia; veja os erros tanto de português quanto de imagens estranhas, pois lammers são sempre, digamos, incompetentes; enfim, não acredite em tudo que recebe por email, muitas vezes são coisas falsas.

Veja outro exemplo de fake mail no Techzilla.


domingo, 15 de junho de 2008

O extremo da resistência escrava

Por Gabriel Cardoso

A escravidão africana, como se sabe, deixou suas marcas espalhadas pelo mundo. Transformou negro em propriedade do senhor branco, desumanizando as relações entre diferentes povos e culturas.

No Brasil, o fardo da escravidão durou por mais tempo, pois aqui foi o último país a abolir o regime servil. E com tanto sofrimento, desde o desterro, passando pelo tráfico transatlântico, até o trabalho compulsório, não é estranho que atitudes rebeldes, como a fuga para quilombos, por exemplo, viessem à tona.

Acredito, sinceramente, que tudo o que foi dito até agora não seja novidade para a maioria. Mas quero esclarecer que o que me motivou a escrever esse “post” não foram as trivialidades introduzidas em nossa infância profunda pelas saudosas “tias”.

O inusitado vem agora. Sabe-se que houve reação dos escravos ao regime vigente. Mas, penso que seja novidade para muitos a recorrência do assassinato de feitores, policiais e senhores por parte dos negros, inclusive em Sergipe.

Em artigo publicado pelo Jornal da Cidade (08/06/2008), o professor do CEFET-SE e historiador Amâncio Cardoso relata alguns dos casos mais inusitados.

O autor apresenta e comenta as condições, características e possíveis motivações, dos assassinatos cometidos por escravos sobre aqueles que os subjugavam, baseado em anúncios de jornais e relatórios oficiais do século XIX.

Vale a pena conferir o artigo no link abaixo:

http://2008.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=5373

sábado, 14 de junho de 2008

Aqui jaz uma reflexão

Por Lorene Vieira

Para quem não se lembra mais (dizem por aí que memória de brasileiro é assim mesmo), no último dia 12 de junho fez oito anos do sequestro do ônibus 174. A tragédia, em plena tarde de sol, linha Gávea- Central, Rio de Janeiro, foi marcada pelas cenas de horror de quem estava dentro do coletivo e de quem estava aqui do outro lado também, em frente as telas. Principalmente pela professora Geisa.

As cenas do sequestro, transmitidas ao vivo, davam-nos a sensação de estarmos bem ali, no meio do Jardim Botânico. Sandro do Nascimento, assaltante e sequestrador, parou por mais de quatro horas o Brasil com sua ação de terror. Aparentemente drogado, imobilizou Geisa Firmo Gonçalves, 20 anos. Com a arma apontada para a professora, o sequestrador aterrorizou os passageiros, xingou-os e atirou ao redor deles, para (n)os assustar. Após horas e horas de negociação, Sandro desceu do veículo com Geisa. Tínhamos então o alívio, o término do sequestro e, enfim, tudo tinha acabado. Engano nosso: um policial atirou e Sandro revidou. Entre os tiros, Geisa foi atingida por uma bala. Ela foi a primeira vítima.

O sequestrador foi levado, sem nenhum ferimento, para um carro da Polícia Militar. E morreu também, com indícios de estrangulamento, pelas mãos do capitão da PM. Sandro foi a segunda vítima. Para alguns, a maior vítima de todo o processo. A maior porque Sandro teve uma vida sem oportunidades, sem educação, sem chances de crescimento. Ex-menino de rua, foram negadas a ele condições mínimas de sobrevivência. Como milhões de brasileiros, Sandro foi uma vítima sim.

Não estou tentando justificar a sua ação, não é isso. Devemos repensar de onde surge realmente a grande questão. O problema dos Sandros no Brasil vem de muito antes, vem – também – da tão famosa desigualdade social. É dela que partem as mais variadas formas de barbaridades possíveis. Mas refletir sobre o modo de vida de grande parcela da população brasileira é uma história que sempre fica para depois. Afinal, mal lembrávamos do sequestro do ônibus 174, não é mesmo?

Fontes: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u128062.shtml

http://opinioesecronicas.blogspot.com/2008/03/nibus-174.html

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sancionada a lei que institui a guarda compartilhada


Por Janaina de Oliveira

Nesta sexta feira (13), o presidente Luis Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que instituiu no código civil a guarda compartilhada para filhos de pais separados, de uniões estáveis ou relações eventuais. A nova lei determina que o juiz dê prioridade a este tipo de convivência, na qual os pais dividem todas as responsabilidades sobre os filhos, tais como educação, alimentação, lazer.

O projeto prevê que a haja distribuições e atribuições específicas para cada um dos genitores, como pagamento de pensão, participação ativa da formação dos filhos, sob pena de abandono de incapaz caso não sejam atendidas tais determinações.

Para a deputada Cida Diogo, relatora do projeto, “o juiz deve trabalhar com o casal um acordo no qual, mesmo que a criança more na casa do pai ou da mãe, o outro possa visitar livremente e participar do convívio dessa criança, o que é muito importante”. A deputada acha ainda que esse projeto pode trazer mudanças significativas na cultura comportamental do país. “Acho que será um passo importante para que se mudem alguns valores, como o que é ser pai e o que é ser mãe. Essa lei deve trazer mais reflexão e fazer com que o processo de amadurecimento em separações avance”, afirma.

A questão principal do projeto como um todo é incentivar os pais separados a terem uma boa convivência. O presidente da ONG pai para sempre, Rodrigo Dias, que foi um dos idealizadores da guarda, se posiciona quanto a isso: “Acho que a médio e longo prazo, a nova lei vai conscientizar as pessoas. Não precisa haver amizade entre o pai e a mãe, o que tem que unir os dois é o amor pelo filho”.

Fontes : http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL600202-5601,00-LULA+SANCIONA+LEI+PARA+GUARDA+COMPARTILHADA+DE+FILHOS.html

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL489750-5598,00.html

Sexta-feira 13: Superstição inclusive nos dias de hoje?

Por Thiago Vieira

13 de junho de 2008. Uma data comum para muitos, exceto pelo fato deste dia cair exatamente numa sexta-feira. A famosa, sexta-feira 13. Que causa tanto medo e curiosidade nas pessoas, despertando misticismos. Apesar da modernidade e dos avanços tecnológicos existem certos costumes, como esse, que persistem até hoje. E, não raro, é comum ver pessoas recorrendo a lojas especializadas em artigos místicos, além de plantas e ervas com características ocultas.

Existem, atualmente, três supostas linhas históricas que explicam o início dessa superstição: Uma delas, de cunho religioso, conta que seria o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado em uma sexta-feira e, na sua última ceia, haver 13 pessoas à mesa que levou à crença no azar neste dia. Na mitologia nórdica, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem à palavra friadagr = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Por último, na numerologia, a crença na má sorte do número 13 parece ter tido sua origem na Sagrada Escritura. Esse testemunho, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em vastas regiões do planeta - até em países cristãos - é estimado como símbolo de boa sorte.

Independente de qual delas seja a verdadeira, o fato é que esse dia desperta em muitas pessoas um desejo de proteção espiritual. Até mesmo os mais céticos demonstram receio diante deste dia. Alguns especialistas afirmam que parte dessa construção é protagonizada da mídia, sobretudo pela indústria de filmes dos anos 80/90, que cultuaram e perpetuaram esse dia como um dia macabro. O que pode ser nitidamente notado no filme americano Sexta-feira 13 (Friday the 13th; 1979) em que um assassino em série mata uma série de jovens cruelmente.
Apesar de esta ser uma apropriação dos produtores de filme, o fato é que as sextas-feiras treze têm um “quê” de mistério. E mesmo contra o pensamento racional, muitos ainda mantêm acesas suas tradições e manias. E você, já comprou seu pé de coelho?

Fontes:

http://www.infonet.com.br/cultura/ler.asp?id=74222&titulo=cultural

http://www.infonet.com.br/cidade/ler.asp?id=74223&titulo=cidade

Orquestra Sinfônica de Sergipe: redirecionamento cultural

Por Marianne Heinisch
Inovação parece ser a palavra certa para definir o momento atual da Orquestra Sinfônica de Sergipe. Na segunda versão da Temporada Anual de Concertos, o regente Guilherme Mannis promove o intercâmbio cultural freqüente entre solistas e regentes com destaque nacional e internacional.
Mannis, que assumiu o posto em 2006, também aperfeiçoou e capacitou os músicos da ORSSE, detalhe facilmente notável para quem vem acompanhando os concertos da orquestra ao longo dos anos. A unidade, a afinação e a dificuldade foram trabalhadas para melhorar a qualidade nas execuções musicais.
Com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, a Orquestra realizou concertos no Teatro Tobias Barreto, em cidades do interior e em locais públicos como parques e orla de Aracaju.
Uma das metas da Orquestra é conquistar e formar um novo público para a música erudita, além de atrair o público habitual. Contraditoriamente, as apresentações da ORSSE, apesar de múltiplas, são pouco divulgadas. Os concertos no teatro (que tem capacidade para 1.328 pessoas) não atingem a metade da sua capacidade; além disso, a freqüência é, na maioria, da elite aracajuana. Já que o grupo conta com o apoio da SEC, porque não investir na propaganda dos seus eventos?
Uma parte do objetivo está se concretizando: o projeto Sinfonia do Saber, iniciado ano passado, trouxe três mil jovens ao teatro, em concertos didáticos. A Orquestra Sinfônica de Sergipe está intensificando seus projetos educacionais e de interiorização.

Unidos pelo ódio

Por Rafael Santos

No dia 4 de Fevereiro de 1974, Patty Hearst, com apenas 19 anos, estava em seu apartamento na Califórnia quando recebeu a visita de três membros do ESL (Exército Simbionês da Libertação), uma organização revolucionária de diretrizes marxistas que usava como estratégia para atingir e difundir seus ideais a prática de assaltos, assassinatos e sequestros. Patty, neta do magnata da imprensa norte-americana William Randolph Hearst - ou Cidadão Kane, se preferir -, foi raptada pelo grupo guerrilheiro a fim de ser usada como moeda de troca para a libertação de dois membros do ESL que estavam presos sob a acusação de assassinato.

Passou semanas em um cativeiro, onde era mantida em um armário e sofria frequentemente abusos sexuais por parte dos sequestradores. Após semanas de negociação, a vítima foi finalmente libertada. Pouco mais que dois meses depois, Patty Hearst estava mais uma vez em companhia dos membros do ESL, mas dessa vez com 10 mil dólares roubados de um banco e uma metralhadora na mão. Ela participava da sua primeira ação guerrilheira como integrante do ESL, um assalto ao banco Hiberna Bank, e que foi
captado pelas câmeras de segurança do local.

Após o sequestro - ou talvez mesmo durante - a neta do Cidadão Kane adquiriu afinidades ideológicas com a organização revolucionária e tornou-se parte dela. Patty então passou a atender pelo nome de "Tania", em homenagem à companheira de Che Guevara. O ESL chegou a fazer a divulgação de uma foto em que ela aparece de armas em punho.

Para alguns, Patty Hearst estava sofrendo do que é chamado de Síndrome de Estocolmo, um estado psicológico em que as pessoas, quando submetidas a circunstâncias de stress e medo extremo, desenvolvem como forma de proteção uma certa simpatia e afinidade por aquilo que lhe causa mal - no caso de Patty, os membros do ESL.

Essa disfunção psicológica recebe tal nome devido a um caso ocorrido em Estocolmo, em que duas reféns de um assalto a banco passaram a proteger os criminosos, elogiando-os e pedindo para que eles não fossem presos. No entanto, outras pessoas acreditam que Patty foi sujeita a uma lavagem cerebral, em que os guerrilheiros incutiram nela a ideologia do grupo. Outros, sustentam a idéia de que a transformação de Patty é consequência da sua espontânea aceitação dos ideais do ESL, assim como da negação da vida burguesa que ela vivia e estava fadada a viver pelo resto da sua vida. Patty Hearst foi sentenciada a 35 anos de prisão, mas cumpriu apenas 6, devido a uma ação judicial do presidente Jimmy Carter.

E como não poderia deixar de ser, no fim tudo vira indústria cultural. Hoje em dia Patty Hearst faz bicos como atriz e a sua história pode ser vista em alguns filmes e documentários. A Síndrome de Estocolmo tornou-se música nas mãos de alguns artistas (Muse, Yo La Tengo, Blink-182) e blogs na internet falam sobre tudo isso.

Fontes:

www.independenciaoumorte.com.br/node/433

www.revistasete.com/espaco_aberto_10_sindrome_de_estocolmo.html