Por Erick Souza
imagem: forum.autohoje.com
A crise imobiliária americana e a ameaça de recessão econômica global assustam os investidores e os líderes dos países emergentes, dependentes do crescimento ianque. Mas ela não é a única preocupação dos especialistas. Algumas teses já apontam a iminência ou mesmo o acontecimento de um “Terceiro Choque” do petróleo, o “ouro negro”.
A queda de US$ 6,44 (4,4%, maior percentual dos últimos 17 anos) no preço do barril (159 litros) na última terça-feira, nos Estados Unidos serviu como fato sinalizador de que a sociedade americana e de um ponto de vista global não suportarão a flutuação incessante do preço dos combustíveis.
O valor do barril, que balançou as bases da economia brasileira e internacional ao ultrapassar a marca dos U$$ 100 em fevereiro deste ano, fechou a U$$ 138,74 nesta terça e caiu ainda mais hoje (quarta), para U$$ 134,60 (-2,98%) em Nova Iorque.
As quedas são uma resposta do mercado à declaração de Ben Bernanke, presidente do Fed (Banco Central Americano), que afirmou que a crise financeira e a alta do preço dos combustíveis estão fazendo com que os consumidores gastem menos com gasolina e afins.
Enquanto isso, o Brasil corta tributações sobre os combustíveis e a Petrobrás descobre novos poços a cada mês. A auto-suficiência de petróleo e gás é uma realidade, inclusive com a exploração em outros países da América Latina pela Petrobrás, é uma realidade visível.
Apesar de todas as evoluções, numa nova questão ainda vale o etanol brasileiro (álcool combustível), que apesar de ser uma opção renovável e menos poluente, ainda enfrenta fortes barreiras econômicas dos conglomerados e dos “petrodólares” árabes com influência européia e americana.
A busca de um combustível limpo e renovável, mas com royalties pagos ao hemisfério norte talvez seja a única alternativa para frear a crise e evitar um novo “choque global”.
Fonte principal: http://economia.uol.com.br/ultnot/efe/2008/07/15/ult1767u124257.jhtm
16/07/2008
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