quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pane no Orkut. Pane no Brasil

Por Diógenes de Souza
Imagem: Potal G1

O título pode ater soar meio exagerado, mas essa foi a impressão de quem leu as notícias sobre a pane do site de relacionamentos Orkut, no início da semana. Na noite de segunda, 21, e na madrugada de terça, 22, por quase nove horas o site ficou fora do ar devido a uma "manutenção temporária".

Segundo o Google, dono do serviço, era necessária uma reparação para resolver problemas técnicos. Sem detalhar o que houve, a empresa afirmou que alguns perfis estavam sendo afetados e por isso o site teve que sair do ar.

Vários usuários confirmaram a explicação, segundo alguns, no momento em que era feito o login, a página era redirecionada para a de outra pessoa, tendo acesso a todas as informações desta podendo, inclusive, modificar informações no cadastro e enviar recados aos amigos.

Os "orfãos do Orkut" manifestaram seu desânimo no Twitter, um serviço de microblogs que se encontra em expansão em todo o mundo.

Frases como "Parece que brasileiros estão comentando suicídio em massa porque não conseguem acessar o Orkut", denotavam, de uma forma humorada, o quanto nós - os maiores usuários do site - criamos uma dependência da rede social, tanto que a pane foi a pauta do dia (ou da noite) em grandes veículos de todo o Brasil.

Justmente essa dependência das redes sociais - e o impacto por elas causado - é criticada pelo psiquiatra inglês Himanshu Tyagi.

Segundo o pesquisador, a geração marcada por sites como Orkut e outros semelhantes (Facebook e MySpace) tende a ter crises de identidade pois, esses mundos virtuais são lugares "onde tudo se move depressa e muda o tempo todo, onde as relações são rapidamente descartadas pelo clique do mouse, onde se pode deletar o perfil que você não gosta e trocá-lo por uma identidade mais aceitável no piscar dos olhos".

Nenhum comentário: