quinta-feira, 22 de maio de 2008

Silvio Rocha: o artista do cotidiano


Por Thiciane Araújo (texto)/ Imagem: Silvio Rocha (arquivo pessoal)

Durante o mês de maio, até dia 25, o repórter-fotográfico sergipano Silvio Rocha expõe “Cotidiano”, seu novo trabalho, no Boteco dos Poetas. Eis um artista cheio de predicados. Além de fotógrafo, é jornalista, músico, cantor, e compositor.

Como já anuncia o nome da exposição, o cotidiano é a fonte de inspiração do trabalho musical e fotográfico de Silvio Rocha. A exposição apresenta uma seleção das fotos de alguns trabalhos que ele vem fazendo como repórter e retrata a beleza, a singularidade, a desigualdade e a pobreza com que se depara na cobertura do dia-a-dia.

Na área musical desde os 20 anos, Silvio faz apresentações musicais na noite aracajuana, sozinho ou acompanhado de sua banda. Cultiva, paralelamente e com a mesma competência, as duas paixões: música e fotografia. Entre elas a que prevalece é a música “a mais sublime das artes”, segundo Rocha, pois fala diretamente à alma de quem dela se embevece. “É a alma traduzida por meios sonoros”, ressalta.

Ocasionalmente, tem o privilégio de unir as duas carreiras. Foi o caso da abertura dessa nova exposição, no dia 25 de abril. Na oportunidade, o cantor e sua banda apresentaram novo show.

Silvio Rocha faz parte de uma geração de pioneiros do jornalismo sergipano. Uma época em que, segundo ele, os jornais eram feitos artesanalmente. “Foi uma fase romântica do nosso jornalismo”. Há mais de 20 anos como foto-jornalista, a trajetória da sua carreira acompanhou a evolução dos meios de comunicação e a inserção destes no trabalho diário dos jornais.

Hoje, ele trabalha como repórter-fotográfico para o site da Secretaria Municipal de Comunicação Social (Secom) da Prefeitura de Aracaju e adaptou seu trabalho à nova linguagem digital. “Com o computador posso resolver eventuais problemas de imagem como foco, luz, um elemento desinteressante na composição pode ser facilmente removido”, explica. Entretanto, ele revela que sente saudades da época em que a “fotografia nascia das nossas mãos”.

Vale a pena conferir a exposição não apenas pela qualidade técnica do material, mas, principalmente, pela diversidade de sensações que o contato com os recortes do cotidiano podem provocar no espectador.

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